segunda-feira, 29 de março de 2010

TIPOS E OBJETIVOS DAS PUBLICAÇÕES JORNALÍSTICAS INSTITUCIONAIS

TIPOS E OBJETIVOS DAS PUBLICAÇÕES JORNALÍSTICAS INSTITUCIONAIS

1-Breve Histórico

As cartas comerciais que circularam na Europa do séc XVI são consideradas precursoras do jornalismo empresarial. Mas é por volta de 1830/40 que empresas passam a utilizar jornais para comunicar aos púbicos internos (empregados e familiares) e externos (clientes e comunidade). O objetivo era contrapor a imprensa sindical, esclarecendo o funcionamento global e o funcionamento das organizações com a visão do empresário. No Brasil a história começa em 1926 com General Motors, e a partir de 1960 é criada a Associação Brasileira de Comunicação Empresarial devido a grande quantidade de publicações. Nos começo dos anos 80 o processo se intensifica, como resposta ao movimento sindical. As empresas começam a mudar sua postura frente ao trabalhador, que deixam de ser visto como "máquinas" dentro do processo produtivo e passam a integrar um processo de comunicação humana necessária para o melhor funcionamento. Com o retorno da democracia as empresas passam a utilizar as publicações para ter acesso aos agentes políticos e os processos éticos e técnicos do jornalismo moderno passam a ser adaptados. Credibilidade, clareza na informação e pluralidade, solidificam-se como pressupostos. O assessor deve estar atento ao seu papel dentro da empresa, para oferecer suas competências no bom funcionamento organizacional.

(http://www.asscomemdebate.kit.net/caribe.html).

2- Planejando seu material

Mas como definir que tipo de publicação é a mais indicada ao seu assessorado? O melhor caminho para definição deste material é aquele que se utiliza do briefing.

Instrumento fundamental para os publicitários, o briefing também é importante para o jornalista. Ele é um recorte e um roteiro das necessidades do cliente. Um briefing bem feito, evita erros na definição do que o cliente precisa para cada objetivo.

Apesar de ser um instrumento publicitario, o briefing é também útil aos jornalistas e funciona como uma pauta, no entanto, enquanto a pauta se limita ao conteúdo - e deve ser definidar posteriormente à definção dos instrumentos que serão utilizados - o briefing antecede essa definição, porque exerce o papel de suporte de planejamento.

3- Tipos, periodicidade e objetivos

Antes de ingressarmos na prática, ou seja, na execução de materiais gráficos, é preciso que entendamos o papel do jornalista no Planejamento Gráfico de materiais que serão usados nas empresas que assessoram.

O jornalista não precisa ser o designer do material gráfico de seu assessorado, mas é fundamental que ele tenha a capacidade de planejá-lo, se não puder executá-lo.

O jornalista tem, obrigatoriamente, de acompanhar todas as etapas que vão desde o planejamento, passando pela criação, até a execução da arte e da impressão (aquilo que chamamos de acompanhamento de gráfica).

Antes de planejá-lo, há de se definir qual o melhor instrumento a ser usado em cada situação. Por isso veremos os tipos e objetivos de cada instrumento:

3.1-Informativo em Boletim impresso ou digital

Usam noticias curtas e imediatas e são ideais para comunicação entre empresas e trabalhadores.


3.2-Jornal

Periodicidade mais longa, mais caro e que utiliza mais recursos jornalísticos. Seu público pode ser o interno e o externo.


3.3 - Newsletter

Geralmente é utilizado para públicos especializados, como acionistas, utilizando as características básicas do jornal.


3.4 - Mural

Veículo simples, flexível e instantâneo.Deve ser colocado em locais de maior trânsito.


3.5 - Intranet

Página inicial da Internet que contém as mesmas características do mural, mas alcança um publico diferenciado.


3.6- Revistas




Produção mais cara e sofisticada, com periodicidade mais estendida. Melhor utilizada em grandes corporações.


3.7 - Cd-Rom

Linguagem poderosa e pouco utilizada. È mais utilizado como suporte de veículos tradicionais.


3.8 - Programa de rádio


Geralmente utilizados por repartições pública, útil para comunidades rurais e pólos distantes do centro residencial em que o trabalhador volta de ônibus.


3.9 - Programa de Tv



Apesar do custo alto, utiliza a imagem e som, prendendo o público. No caso de utilização em emissoras é necessário escolher um horário que atenda o público especifico.


3.10 - Outdoor

Comum em empresas localizadas em grandes áreas. Tem o custo baixo e deve ser trocado a cada 20 dias. Útil para divulgação de datas comemorativas, eventos e campanhas internas.



BIBLIOGRAFIA

* Amaral, Cláudio. A história da Comunicação Empresarial no Brasil. São Paulo, 1999.
* Beraldo, Cristina Elizabeth Arnold. Comunicação Interna como fator estratégico nos processos de mudança. Departamento de Relações Públicas. Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.
* Chaparro, Manuel Carlos. Jornalismo brasileiro: no caminho das transformações. Brasília, Seminário de Comunicação Banco do Brasil, 1996.

3 comentários:

  1. Com a leitura do texto, percebe-se como, atualmente, o briefing é uma ferramenta de uso imprescritível porque fornece aos que trabalham com publicações jornalíticas os parâmetros necessários para compor um produto eficaz, evitando erros, e que alcance os resultados esperados pelo cliente. No caso da FACOM, por meio das pesquisas realizadas pelos alunos de Comunicação, pôde-se traçar o perfil dos futuros leitores do jornal Parauara e de que maneira, dentro das limitações - orçamento, materiais de trabalho, por exemplo -, as aspirações deste público em relação a configuração gráfica do jornal serão atendidas.

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  2. A leitura do texto me abriu os olhos para a multiplicidade de funções que um jornalista pode abarcar dentro de uma redação,e de como pode cooperar para que o seu produto final saia quase idêntico ao que se concebeu no início.Desconhecia o que era um briefing,e agora compreendo que ele é um ponto de partida primordial para a composição de um produto.Com a pesquisa que fizemos,pode-se ter uma dimensão aproximada do que as pessoas esperam de um jornal universitário- e tentar, na medida do possível, englobar essas preferências de um modo satisfatório aos olhos do público-alvo.

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Jornalista, designer, professora da UFPA, coordenadora de Cultura da AF de Belém...