TIPOS E OBJETIVOS DAS PUBLICAÇÕES JORNALÍSTICAS INSTITUCIONAIS
1-Breve Histórico
As cartas comerciais que circularam na Europa do séc XVI são consideradas precursoras do jornalismo empresarial. Mas é por volta de 1830/40 que empresas passam a utilizar jornais para comunicar aos púbicos internos (empregados e familiares) e externos (clientes e comunidade). O objetivo era contrapor a imprensa sindical, esclarecendo o funcionamento global e o funcionamento das organizações com a visão do empresário. No Brasil a história começa em 1926 com General Motors, e a partir de 1960 é criada a Associação Brasileira de Comunicação Empresarial devido a grande quantidade de publicações. Nos começo dos anos 80 o processo se intensifica, como resposta ao movimento sindical. As empresas começam a mudar sua postura frente ao trabalhador, que deixam de ser visto como "máquinas" dentro do processo produtivo e passam a integrar um processo de comunicação humana necessária para o melhor funcionamento. Com o retorno da democracia as empresas passam a utilizar as publicações para ter acesso aos agentes políticos e os processos éticos e técnicos do jornalismo moderno passam a ser adaptados. Credibilidade, clareza na informação e pluralidade, solidificam-se como pressupostos. O assessor deve estar atento ao seu papel dentro da empresa, para oferecer suas competências no bom funcionamento organizacional.
(http://www.asscomemdebate.kit.net/caribe.html).
2- Planejando seu material
Mas como definir que tipo de publicação é a mais indicada ao seu assessorado? O melhor caminho para definição deste material é aquele que se utiliza do briefing.
Instrumento fundamental para os publicitários, o briefing também é importante para o jornalista. Ele é um recorte e um roteiro das necessidades do cliente. Um briefing bem feito, evita erros na definição do que o cliente precisa para cada objetivo.
Apesar de ser um instrumento publicitario, o briefing é também útil aos jornalistas e funciona como uma pauta, no entanto, enquanto a pauta se limita ao conteúdo - e deve ser definidar posteriormente à definção dos instrumentos que serão utilizados - o briefing antecede essa definição, porque exerce o papel de suporte de planejamento.
3- Tipos, periodicidade e objetivos
Antes de ingressarmos na prática, ou seja, na execução de materiais gráficos, é preciso que entendamos o papel do jornalista no Planejamento Gráfico de materiais que serão usados nas empresas que assessoram.
O jornalista não precisa ser o designer do material gráfico de seu assessorado, mas é fundamental que ele tenha a capacidade de planejá-lo, se não puder executá-lo.
O jornalista tem, obrigatoriamente, de acompanhar todas as etapas que vão desde o planejamento, passando pela criação, até a execução da arte e da impressão (aquilo que chamamos de acompanhamento de gráfica).
Antes de planejá-lo, há de se definir qual o melhor instrumento a ser usado em cada situação. Por isso veremos os tipos e objetivos de cada instrumento:
3.1-Informativo em Boletim impresso ou digital
Usam noticias curtas e imediatas e são ideais para comunicação entre empresas e trabalhadores.
3.2-Jornal
Periodicidade mais longa, mais caro e que utiliza mais recursos jornalísticos. Seu público pode ser o interno e o externo.
3.3 - Newsletter
Geralmente é utilizado para públicos especializados, como acionistas, utilizando as características básicas do jornal.
3.4 - Mural
Veículo simples, flexível e instantâneo.Deve ser colocado em locais de maior trânsito.
3.5 - Intranet
Página inicial da Internet que contém as mesmas características do mural, mas alcança um publico diferenciado.
3.6- Revistas
Produção mais cara e sofisticada, com periodicidade mais estendida. Melhor utilizada em grandes corporações.
3.7 - Cd-Rom
Linguagem poderosa e pouco utilizada. È mais utilizado como suporte de veículos tradicionais.
3.8 - Programa de rádio
Geralmente utilizados por repartições pública, útil para comunidades rurais e pólos distantes do centro residencial em que o trabalhador volta de ônibus.
3.9 - Programa de Tv
Apesar do custo alto, utiliza a imagem e som, prendendo o público. No caso de utilização em emissoras é necessário escolher um horário que atenda o público especifico.
3.10 - Outdoor
Comum em empresas localizadas em grandes áreas. Tem o custo baixo e deve ser trocado a cada 20 dias. Útil para divulgação de datas comemorativas, eventos e campanhas internas.
BIBLIOGRAFIA
* Amaral, Cláudio. A história da Comunicação Empresarial no Brasil. São Paulo, 1999.
* Beraldo, Cristina Elizabeth Arnold. Comunicação Interna como fator estratégico nos processos de mudança. Departamento de Relações Públicas. Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.
* Chaparro, Manuel Carlos. Jornalismo brasileiro: no caminho das transformações. Brasília, Seminário de Comunicação Banco do Brasil, 1996.